Após o lançamento do Laboratório de Cultura Digital, teve início a primeira residência de cultura digital, que acontece em Curitiba, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro. Estão sendo recebidos pela equipe do Lab representantes do TelArtes (uma rede de articulação e participação do setor cultural da Bolívia), Grãos de Luz e Griô (Ponto de Cultura da Chapada Diamantina – Bahia), Pueblo Hace Cultura (uma articulação que reúne organizações e agentes da cultura viva comunitária na Argentina), Platohedro (um coletivo de audiovisual da Colômbia) e Pontos de Cultura do Rio Grande do Sul.

Essa foi a primeira das diversas residências que estão planejadas. O intuito é falar sobre a Rede Livre e as ferramentas que a envolvem, como o website e os mecanismos de gestão de contato, mapas colaborativos e democracia online. Os participantes também têm a oportunidade de trazer a sua cultura e as próprias experiências para compartilhar com os demais, aprimorando as tecnologias.

Vivência da Cultura Digital

Para o integrante do Grãos de Luz e Griô, Márcio Conceição da Silva, o principal ponto positivo do Lab é a disponibilização de formas colaborativas de produção. “Algumas iniciativas, como o Griô, às vezes não têm oportunidade de veicular as produções, os projetos”. Durante a residência, Márcio tirou dúvidas sobre o design do site.

O argentino Cesar Baldoni, do Pueblo Hace Cultura, disse que volta para casa entusiasmado por saber que há uma geração brasileira que está debatendo politicamente a cultura. “Levo para a Argentina a necessidade de apertar o parafuso, aprofundar o debate. É bom saber que existem maneiras compartilhadas e colaborativas de produzir conteúdo”, ressaltou. Cesar propôs ainda o desenvolvimento de um sistema de comunicação interna, uma intranet, para que não seja necessário o uso de outras ferramentas externas, não livres.