Começou hoje, em Buenos Aires, o Conselho Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, encontro de ativistas culturais e grupos de toda a América Latina para fortalecer o debate sobre Cultura Viva Comunitária. Até o dia 15, o espaço será de intensa reflexão sobre as estratégias de fortalecimento regional, nacional e continental da Cultura Viva Comunitária e intenso trabalho para alcançar as propostas levantadas pelo 1º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária realizado em maio na cidade de La Paz.

No Congresso, mais de 1200 ativistas de 18 países puderam compartilhar suas produções, debater e se articular contra as difíceis realidades dos países latino-americanos. A Cultura Viva Comunitária carece de reconhecimento por parte da legislação e das políticas públicas. Nesse sentido, a principal reivindicação desse conjunto de movimentos é a necessidade da criação de ferramentas institucionais e políticas públicas que permitam a criação dos Fundos Nacionais de Apoio à Cultura Viva Comunitária (aplicação de pelo 0,1% do PIB em Cultura Viva Comunitária em cada país).

O Conselho, nesse cenário, cumpre o papel de ser o espaço no qual serão definidos os critérios e as metodologias pertinentes ao seu funcionamento e seus objetivos. Um deles é promover a visibilidade e o fortalecimento das estratégias de valorização da Cultura Viva Comunitária em âmbitos regional, nacional e continental.

Durante os cinco dias, serão realizados encontros com legisladores, espaços de reflexão sobre o 1º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, discussões sobre a metodologia do Conselho, trocas de experiências sobre contextos urbanos e suburbanos e conversas sobre os desafios de transformação da realidade.