Dando continuidade à oficina realizada pela manhã sobre Rede Livre e WordPress, a oficina da tarde começou com uma revisão sobre os principais procedimentos para a elaboração e gestão de um website. Entender o WordPress é essencial para o uso da Rede Livre e para compreender as ferramentas que ela incorpora.
As oficineiras Thalita Sejanes e Rachel Bragatto reforçaram que o processo de estruturação das informações, chamada de “arquitetura da informação”, é uma etapa muito importante para a confecção de um website. Um bom site é aquele com fácil navegabilidade e que informa de maneira mais simples e intuitiva possível.
Durante a apresentação, o Mestre Aderbal Ashogun, da rede Afro Ambiental, do Rio de Janeiro, levantou uma questão importante: o problema da linguagem da internet estar submetida sempre ao inglês. “Muitas vezes, o idioma se torna uma barreira para as pessoas que estão operando essas ferramentas. Isso gera uma grande dificuldade para o usuário, que acaba não compreendendo a função e a importância de determinados aplicativos”, disse. Nesse sentido, foi discutida a possibilidade de se iniciar um processo de tradução de plataformas web, oferecendo-as inteiramente em português e talvez em mais idiomas, como o yorubá, de modo a atender comunidades específicas e incluí-las digitalmente.
Mapas Culturais
Em um segundo momento, João Paulo Mehl passou a dar orientações sobre o uso da ferramenta recém-implementada na Rede Livre, os Mapas Culturais. Por meio de categorias que funcionam como filtros, o Mapa faz o cruzamento entre várias redes e fortalece os laços digitais e territoriais entre elas. O intuito é aproximar os diversos pontos e agentes culturais de maneira geográfica, criando maior contato entre eles e promovendo uma integração sólida entre as mais variadas manifestações culturais.
Deliberação online
Na segunda parte da oficina, a webdesigner Thalita Sejanes fez uma introdução do funcionamento do Delibera, uma ferramenta de sugestão, voto e deliberação de idéias. O Delibera funciona como um painel de discussões, onde é possível sugerir, votar, fazer relatorias e deliberar as ideias e sugestões que o grupo propôs.
Depois de explicados todos os mecanismos de uso do Delibera, alguns participantes levantaram alguns pontos. Foram sugeridas diferentes maneiras de participação dos membros na deliberação e diferentes formas de torná-los aptos a votar. Thalita ressaltou que o Delibera é resultado de três anos de estudo e aprofundamento, não só de designers e programadores, mas também de outros especialistas em democracia digital. “Minha expectativa com o Lab é que suas ferramentas ganhem corpo e possam ir ao encontro das pessoas e das suas necessidades”, disse.
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